Dialogo meu comigo mesma:

- Você anda fazendo piadinhas bobas, anda muito eufórica e acaba até mesmo interpretando mal o que ela te escreve.
- É, eu percebi, eu tenho conciência disso, mas eu não consigo perder a piada.
- Então va lá, e acabe consigo mesma.
- Tu acha mesmo que uma pessoa esteja acabando consigo mesma quando dá uma de abobada por uma paixonite?
- Sim.
- Tá então, parei.
- Tu não consegue...
- Eu sei...
- Tente não te expor ao ridículo... Tente!
- Vou me esforçar. Tentar lembrar do dia anterior, quando eu era uma pessoa equilibrada, sem euforias, tranquila com o meu celibato, sem a necessidade de um rabo de saia...
- Isso, lembre-se.
- ... lembrar disso até o dia em que a gente conversou pela primeira vez e ela ficou tímida, e eu também, mas depois nos conhecemos um pouco melhor, e depois nos encontramos pessoalmente, e foi engraçado... Eu te contei que eu quase tropecei quando eu dei oi pra ela, eu QUASE tropecei, imagina o mico, ela disse que eu fiquei vermelha, ela também ficou...
- Você está fazendo de novo...
- Droga! Eu preciso de ajuda...